CAF World Giving Index

Você já passou pela fase de descoberta da cultura de doação aqui no Brasil, agora está na hora de analisar isso em esfera global. Você acha que as pessoas são mais solidárias em outros países do que aqui no nosso? Já parou para pensar nessas coisas? Um estudo realizado pela CAF (Ranking Global de Solidariedade) que mostra o envolvimento do público com atos de filantropia pelo mundo.

Essa pesquisa é ideial para que possamos entender um pouco melhor o público dos nossos clientes e mostrar para as organizações o quão importante é manter os doadores e ter uma comunicação mais ampla com eles.

O IDIS, que criou a pesquisa de doação Brasil, visto anteriormente, é parte do CAF. Portanto, aquela pesquisa tem uma relevância mais precisa se vista como uma extensão dessa que vamos te mostrar agora. Confira os principais pontos abordados:

O que foi avaliado?

O Ranking do CAF avaliou o número de pessoas envolvidas com algum ato solidário pelo mundo, sejam elas doadores, voluntárias ou realizaram alguma ajuda para alguém cerca de um mês antes da aplicação do estudo.

A pesquisa foi aplicada em 139 países diferentes, rankeando do país que mais possui doadores ao menos filantrópico. Por isso, as informações que conseguimos pegar no estudo ajudam a analisar a importância de ajudar o próximo que é dada de acordo com os países e observar como ajudar nossos clientes a se portar nessas culturas.

Outro ponto a ser colocado aqui é que uma das nossas metas é expandir para o mundo. Nesse caso, entender a recepção das doações nos diversos países é essencial, para que tenhamos um bom impacto nesses outros países e conseguirmos transformar a cultura de doação neles.

O que deve ser levado em consideração é que o ranking foi monitorado pelo percentual e não abrangência dos países. Esse sistema permite que todos os dados fiquem no mesmo nível e possam ser observados da mesma forma para estabelecer um comparativo mais correto.

Colocação brasileira

Como dito anteriormente, a pesquisa foi aplicada em 139 países e o Brasil ficou em 105º colocado. O Myanmar, por exemplo, é o país que está liderando o ranking (isso há quatro anos consecutivos) e possui 50.000 habitantes com um PIB muito menor que o Brasil que tem 200.000.000.

Você pode estar pensando que essa informação possui pouca relevância e dificuldade para comparar esses dois países. Mas devo dizer que não é bem assim. A pesquisa demonstra que a atual situação brasileira afeta a nossa cultura de doação, e precisamos abrir os olhos para enxergar isso. Um país enorme, com um PIB alto e presenciando situações como a corrupção, baixa renda, educação precária, mobilidade e saúde complexas, economia dispersa, falta de segurança e incentivos acaba tendo uma cultura bastante fraca nessa questão filantrópica.

Veja bem como essa informação já pode abrir a nossa mentalidade a parar de acreditar que as pessoas não doam por ser ruins ou algo do gênero, mas sim por falta de oportunidades melhores para despender um pouco do seu tempo e economia em prol do bem humano.

Nossos clientes precisam entender que a responsabilidade de mudar essa cultura é deles e não de grandes instituições. A comunicação tem o poder de mudar o pensamento dos doadores e incentivá-los a mudar. O que quero dizer com isso é que o nosso papel é incentivar as organizações a mostrarem para o seu público que a mudança começa com cada um de nós (chega até a ser filosófico, né?)

A diminuição das doações

Um dado que pode ser percebido na pesquisa é que o número de doadores e ajudantes de uma organização vem diminuindo bastante nos últimos tempos em todo o globo. Grande parte da população que participou da pesquisa diminuiu a intensidade das ajudas ou simplesmente pararam de doar, o que diminuiu a porcentagem dos países e oscilou as colocações no ranking.

Na verdade, o único continente que demonstrou um pequeno crescimento foi o africano, mas todos os outros estão lidando com baixas diárias de filantropia. Além disso, grande parte das pessoas prefere realizar doações espontâneas para quem está precisando nas ruas, como dar dinheiro para os moradores de rua ou realizar uma boa ação aos necessitados uma única vez, sem ter nenhum vínculo

O voluntariado é o formato que a população menos gosta, ficando com uma porcentagem baixa de pessoas que realizam isso, portanto, quando se trata de organizações, as pessoas preferem doações monetárias. Dessa forma, precisamos deixar claro para os nossos clientes que a comunicação é essencial para mudar essas ideias dos doadores, incentivando-os a doar para ONGs que sabem como ajudar os necessitados, tanto se voluntariando quanto de forma monetária.

O mais interessante foi que o modelo de doação que mais diminuiu ao longo dos anos foi o monetário, dando espaço para o aumento do voluntariado e de ajudas específicas e pontuais à estranhos. Numa tabela com os 10 países que mais ajudam estranhos contando pelo número de pessoas, o Brasil ficou em 5º colocado. Ainda dentro desse dado de ajudar estranhos, os homens geralmente realizam essa ação com mais frequência que as mulheres.

A doação em dinheiro

Quando se trata de doações monetárias, o Brasil nem aparece no ranking dos 10 países que mais realizam essa ação. As pessoas que mais fazem esse tipo de ajuda têm entre 30 à 40 anos de idade e oscila bastante entre homens e mulheres, obtendo números bastante parelhos para ambos os sexos.

Conforme vimos na pesquisa de doação aqui do Brasil, podemos dizer que um dos fatores que diminui a doação monetária em nosso país é a falta de transparência das organizações e pouca comunicação com o doador, algo que pode ser revertido através das nossas ferramentas e dando ideias para os nossos clientes, que muitas vezes não sabem o impacto que um simples e-mail pode dar nos resultados deles.

Se quiser ver a pesquisa na íntegra e observar outros resultados que não foram mencionados aqui, basta clicar aqui. A pesquisa está em inglês, mas é possível entender os dados.