Agora que você viu um pouco do lado dos doadores do Brasil, vamos entender alguns probleminhas que estão inseridos na captação também. Assim você vai conseguir tirar conclusões bem legais para ajudar os nossos clientes a fornecerem uma experiência incrível de doação e assim mudar essa cultura inserida em nosso país.
Apenas para ressaltar, a ideia de observar os dois lados da moeda é algo que constantemente fazemos aqui na Track, tendo empatia com o próximo e tentando entender os motivos pelos quais existem os problemas. Nesse caso, você vai perceber como as ideias que o doador brasileiro tem sobre o ato de doar são respectivos às ações tomadas pela comunicação das ONGs atualmente, porém não é culpa delas, mas sim de um sistema que infelizmente não recebe atenção e consequentemente não são atualizados com as tecnologias atuais.
Embasamento histórico
Lembra que você viu, lá na página sobre a história das organizações no Brasil, que elas nasceram devido a falta de soluções governamentais em diversas situações sociais? Bem, isso impactou diretamente à ideia do brasileiro atualmente de que as causas deveriam ser defendidas pelo governo e não instituições sem fins lucrativos, como você pode ver na cultura de doação.
Acontece que, por algum motivo, o poder governamental continua sem possibilidades de buscar formas de resolver esses problemas que acabam se intensificando, e as ONGs estão trabalhando duro em projetos que visam isso. Assim, essas organizações precisam da ajuda individual de pessoas físicas e jurídicas, mas infelizmente ainda estão um tanto quanto atrasadas no ramo comunicacional, gerando uma cultura complexa, mas não impossível, de mudar.
Vamos ver alguns dados que comprovam algumas resoluções que as ONGs podem ter para melhorar a captação em si, e você como alguém que estará em constante contato com clientes e potenciais clientes, precisa fornecer essas ideias para que eles abram a cabeça e entendam essa necessidade. Vamos lá?
A comunicação
Já parou para pensar se as pessoas realmente entendem as coisas que uma organização fala? Muitas vezes a ONG se fecha apenas no mundo que estão habituados, e muitas vezes isso acaba não sendo o essencial para atingir o público. Veja, por exemplo, esse dado da pesquisa que demonstra se as pessoas entendem os termos utilizados pelas organizações:

Legal, né? Isso dá uma ideia de que a linguagem pode ser um grande fator, talvez até um dos decisivos, para que as pessoas entendam o que a ONG faz e por que precisam da ajuda do público. Quer ver outra coisa muito interessante?

Olha aí! Além de não falarem de uma forma que as pessoas entendam, muitas ONGs acabam sendo insistentes demais e invadindo o espaço da população. Isso gera uma reação muito ruim e afasta doadores, muitos deles na verdade, pois um acaba compartilhando essa informação com outro e ao invés de pensar em apoiar uma causa, acaba tendo repulsa dela. Está percebendo como as ideias que você pode dar para os clientes e leads pode realmente mudar o mundo?
Motivação para doar
Às vezes, as motivações utilizadas nos argumentos das organizações podem não estar de acordo com o que os doadores realmente querem. Por isso, um dos dados da pesquisa é referente a isso, mostrando o que leva as pessoas a realizar esse tipo de ação. Essa informação pode gerar ideias para você dizer aos clientes sobre quais tipos de mensagem seriam ideais.

Em relação às abordagens feitas nas ruas, qual você acha que é o sentimento da população? Já adianto que não é dos melhores segundo a pesquisa. A partir disso, melhorar o pitch dos captadores é um dos grandes trabalhos a serem feitos pela ONG. Veja o que os respondentes disseram:

E aí você pode se perguntar “será mesmo que uma estratégia comunicacional com conteúdo e uso de CRM podem resolver esses problemas?” Totalmente não, mas vai ser de grande auxílio. As pessoas costumam pesquisar bastante antes de realizar uma doação, e é nesse momento que o contato e o conteúdo auxiliam bastante e infelizmente as ONGs não utilizam dessa estratégia atualmente. Veja o que eles disseram:

Onde abordar?
Um fator muito importante a se pensar é onde seria ideal impactar as pessoas e quais os canais utilizados pelas organizações atualmente. Saber quais os locais onde os doadores gostam de ser atingidos é interessante para traçar estratégias de comunicação e entender melhor o público. Converse sobre isso com os clientes e leads e traga dados como esse:

É importante dizer que nem sempre o que os doadores querem é o essencial, mas também demonstrar que a rede social está entre os canais mais acessados por eles.
Assim como o local preferido para ser impactado, os respondentes foram questionados sobre o formato que mais gostam de pagar a doação. Acontece que essas respostas podem estar afetadas também pelos meios que a organização disponibiliza. Dá uma olhada nos dados:

O que fazer para mudar essa realidade?
Resolver esses problemas parece, de cara, uma situação muito complexa e dificultosa, mas devo dizer que se você acha isso, achou errado. Os pesquisados deram a informação com todas as palavras do que faria com que eles resolvessem doar para uma organização ou se manter doando para a atual. Pasme você, é algo extremamente simples e fácil de resolver:

Se quiser se aprofundar mais sobre isso, veja a mesma pesquisa que fala sobre a doação, esses dados estão lá.
Aqui na Track, fizemos também um estudo para saber se as ONGs estão se atualizando na comunicação, e a resposta você já deve saber. Pouquíssimas organizações possuem sequer um site e não entram em contato com os doadores nem para validar o pagamento deles. Muitas vezes o pagamento não é aprovado e a ONG fica sem a doação. Veja esse material aqui.
